segunda-feira, 6 de junho de 2011

Espelho, espelho meu.

Sempre achei definições limitadas demais, mas acho que.. ando passando por um processo de auto afirmação.
Não gosto do formato do meu rosto, oval demais, expressão de menos. Tenho olhos até que grandes, que talvez já tenham brilhado em algum passado remoto e feliz. Agora, tenho olheiras fundas sob eles, e arroxeadas. Quase no mesmo tom de roxo do meu cabelo, quase no mesmo tom de roxo das amoras que cresceram no melhor lugar do mundo e manchou tantas vezes as pontas dos meus dedos, de um roxo quase tão suave quando às risadas que demos ali. O meu sorriso.. bom, eu sinceramente, sin-ce-ra-men-te não gosto mais dele. Aliás, deles. O sorriso "de verdade", que me remete à lembranças dolorosas, embora já tenham me dito que ele é bonito (mas eu o acho meio torto, haha. O segundo.. bom, nem deve ser um sorriso de verdade. É a porra de uma grosseria, é isso que ele é. Foi apelidado carinhosamente pelos meus amigos de "sorrizinho de desprezo" ou "sorrisinho (não) afetado". Expressão típica, descaso conhecido, Tão irritante. É quase como uma defesa pessoal que nunca funciona ou funcionou. Tenho outras manias, menos chatas e mais estranhas. Como pintar as unhas de uma só cor. Sempre. Pintando-as vezenquando de outra cor, mas apenas quando a perturbação sobe a um nível insuportável.
Às vezes, me mostro potencialmente sozinha, indo completamente só ao cinema, por não suportar companhia em um ambiente em que a escuridão já me acolhe tão bem. Potencialmente sozinha, alcoolizada, cercada de amigos , falando sobre bandas de rock pra quem ninguém dá o devido valor, numa compulsão destrutiva que visa ingerir a maior quantidade de álcool possível, esperando que alguém desse um tapa na minha cara, me fazendo acordar desse sono suicida, me arrastando pra fora dessa lama em que eu me enfiei.